quarta-feira, 10 de maio de 2017

"A sala da tortura", um poema da Professora Clorinda Gonçalves



A turma do 4.º AS, de Santo Estêvão das Galés, como destacamos noutra peça, esteve a trabalhar em poesia um texto ("A sala da tortura"), no âmbito do terceiro centenário da colocação da primeira pedra da Basílica do Palácio Nacional de Mafra. O que os alunos não sabiam é que a sua professora, Clorinda Gonçalves, tem um jeito especial para os versos. Ora, vejam lá se não temos razão:

"A sala da tortura"

Contava o povo antigamente,
Que um segredo, o Palácio guardava.
Como o gentio mente…
Que um cemitério ou igreja lá estava!

O Palácio, pedra a pedra, crescia
Com o trabalho do construtor.
Para lá das horas do dia…
Começou a ouvir a voz do rumor.

Entre andaimes e pedraria
Os gritos, o homem procurou…
Desde, a nave da igreja até à sacristia.
Mas, nada encontrou!

No desespero daquele gritar,
O construtor não parou.
Quando à sala da tortura foi dar…
Tal foi o terror com que se deparou!

Ao pobre do construtor,
Nem o seu ofício lhe valeu!
Pois, a sala do horror…
A forca lhe ofereceu!

Clorinda Gonçalves



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