A turma do 4.º AS, de Santo Estêvão das Galés, como destacamos noutra peça, esteve a trabalhar em poesia um texto ("A sala da tortura"), no âmbito do terceiro centenário da colocação da primeira pedra da Basílica do Palácio Nacional de Mafra. O que os alunos não sabiam é que a sua professora, Clorinda Gonçalves, tem um jeito especial para os versos. Ora, vejam lá se não temos razão:
"A sala da tortura"
Contava o povo antigamente,
Contava o povo antigamente,
Que um
segredo, o Palácio guardava.
Como o
gentio mente…
Que um
cemitério ou igreja lá estava!
O Palácio,
pedra a pedra, crescia
Com o
trabalho do construtor.
Para lá das
horas do dia…
Começou a
ouvir a voz do rumor.
Entre
andaimes e pedraria
Os gritos, o
homem procurou…
Desde, a
nave da igreja até à sacristia.
Mas, nada
encontrou!
No desespero
daquele gritar,
O construtor
não parou.
Quando à sala
da tortura foi dar…
Tal foi o
terror com que se deparou!
Ao pobre do
construtor,
Nem o seu
ofício lhe valeu!
Pois, a sala
do horror…
A forca lhe ofereceu!
Clorinda Gonçalves
Clorinda Gonçalves
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